segunda-feira, 27 de julho de 2020

27/07 A 31/07 - 3C1 e C2 - Biologia
T.H. Snickars/Azote
As interligações entre o Homem e os ecossistemas
Na nossa sociedade globalizada, praticamente não existem ecossistemas que não tenham sido moldados pelo ser humano e tão pouco seres humanos totalmente independentes dos ecossistemas e dos serviços que providenciam. O problema é que muitos de nós aparentamos viver dissociadas da natureza e ter esquecido que as nossas economias e sociedades estão indissoluvelmente ligadas ao planeta e aos ecossistemas de suporte de vida que nos proporcionam uma clima estável, água potável, fibras e muitos outros bens e serviços. Urge restabelecer a nossa ligação com a natureza e começar a contabilizar e gerir o capital natural de um modo sustentável.
Apesar do enorme desenvolvimento tecnológico e dos muitos progressos, as nossas economias e sociedades continuam a depender totalmente dos ecossistemas para nos proporcionar um clima estável, água limpa, alimentos, fibras e muitos outros produtos e serviços.
É tempo de entendermos que as nossas economias e sociedades são uma parte integrante da biosfera e de começar a contabilizar e gerir o capital natural. A luta contra a pobreza, bem como o desenvolvimento humano futuro, não podem ter lugar sem um reconhecimento mais vasto do contributo da natureza para os meios de subsistência, a saúde, a segurança e a cultura das pessoas.
Não se trata apenas das alterações climáticas, mas de todo um espectro de alterações ambientais à escala mundial que interagem com as sociedades humanas rapidamente globalizadas e dependentes do clima e do meio ambiente. A este respeito, pesa sobre a ciência a grande responsabilidade de proporcionar uma melhor compreensão dos inúmeros desafios que a Humanidade enfrenta e de explorar soluções para um desenvolvimento sustentável num mundo cada vez mais imprevisível.
A abordagem centrada na resiliência é uma parte importante da solução na medida que prossegue o reforço da flexibilidade e da capacidade de adaptação, em vez de procurar atingir um nível ótimo e estável de produção e lucros económicos de curto prazo.
Chegou a altura de um novo contrato social para a sustentabilidade global assente numa mudança de paradigma – da percepção do Homem e da natureza como entidades separadas, para uma perspectiva em que são considerados como sistemas socioecológicos interdependentes. Esta abordagem encerra possibilidades fascinantes para um desenvolvimento social em colaboração com a biosfera; uma agenda da sustentabilidade global para a Humanidade.

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