segunda-feira, 27 de julho de 2020

27/07 A 31/07 - 3C1 e C2 - Biologia
T.H. Snickars/Azote
As interligações entre o Homem e os ecossistemas
Na nossa sociedade globalizada, praticamente não existem ecossistemas que não tenham sido moldados pelo ser humano e tão pouco seres humanos totalmente independentes dos ecossistemas e dos serviços que providenciam. O problema é que muitos de nós aparentamos viver dissociadas da natureza e ter esquecido que as nossas economias e sociedades estão indissoluvelmente ligadas ao planeta e aos ecossistemas de suporte de vida que nos proporcionam uma clima estável, água potável, fibras e muitos outros bens e serviços. Urge restabelecer a nossa ligação com a natureza e começar a contabilizar e gerir o capital natural de um modo sustentável.
Apesar do enorme desenvolvimento tecnológico e dos muitos progressos, as nossas economias e sociedades continuam a depender totalmente dos ecossistemas para nos proporcionar um clima estável, água limpa, alimentos, fibras e muitos outros produtos e serviços.
É tempo de entendermos que as nossas economias e sociedades são uma parte integrante da biosfera e de começar a contabilizar e gerir o capital natural. A luta contra a pobreza, bem como o desenvolvimento humano futuro, não podem ter lugar sem um reconhecimento mais vasto do contributo da natureza para os meios de subsistência, a saúde, a segurança e a cultura das pessoas.
Não se trata apenas das alterações climáticas, mas de todo um espectro de alterações ambientais à escala mundial que interagem com as sociedades humanas rapidamente globalizadas e dependentes do clima e do meio ambiente. A este respeito, pesa sobre a ciência a grande responsabilidade de proporcionar uma melhor compreensão dos inúmeros desafios que a Humanidade enfrenta e de explorar soluções para um desenvolvimento sustentável num mundo cada vez mais imprevisível.
A abordagem centrada na resiliência é uma parte importante da solução na medida que prossegue o reforço da flexibilidade e da capacidade de adaptação, em vez de procurar atingir um nível ótimo e estável de produção e lucros económicos de curto prazo.
Chegou a altura de um novo contrato social para a sustentabilidade global assente numa mudança de paradigma – da percepção do Homem e da natureza como entidades separadas, para uma perspectiva em que são considerados como sistemas socioecológicos interdependentes. Esta abordagem encerra possibilidades fascinantes para um desenvolvimento social em colaboração com a biosfera; uma agenda da sustentabilidade global para a Humanidade.

Pesquise

O que é sustentabilidade global?


Biologia           2ºF e C1

Período da Atividade:   27/07 A 31/07      
Atividade: leia o texto,  faça as atividades em seu caderno e envie no email professora.abud@gmail.com até 1 semana após a postagem
 Com albinismo e heterocromia, conheça a rara e inesquecível beleza ...
Albinismo
O albinismo é uma desordem genética relacionada com a síntese de melanina no corpo. Esse distúrbio é ocasionado por alterações no metabolismo que provocam a ausência ou redução da produção melanina (uma proteína sintetizada por células denominadas de melanócitos que confere cor à pele, cabelo e olhos. Além de funcionar como pigmento, a melanina garante proteção contra a radiação ultravioleta emitida pelo sol, lâmpadas fluorescentes e até câmeras de bronzeamento), desencadeando hipopigmentação da pele, dos pelos e até mesmo dos olhos.
Pode-se classificar o albinismo em três formas básicas: ocular, parcial e oculocutâneo. O albinismo ocular é aquele em que a despigmentação ocorre apenas nos olhos. O parcial, por sua vez, é o albinismo caracterizado pela produção de melanina em apenas algumas partes. Por fim, o oculocutâneo, tipo mais comum, é o albinismo em que todo o corpo é afetado.

Genética do albinismo
O albinismo oculocutâneo é uma herança autossômica recessiva, ou seja, uma pessoa, para ser albina, deve receber dois alelos recessivos (aa): um de seu pai e outro de sua mãe. Por esse motivo, a incidência de albinismo no mundo é relativamente baixa, com cerca de 1 caso para cada 20000 pessoas.
Vale destacar que, em alguns lugares do mundo, os índices de albinismo são bastante elevados, principalmente em razão do casamento consanguíneo, que é comum em algumas regiões. No Panamá, na comarca de Kuna Yala, os índices de albinismo chegam a 1/100.
 FenilcetonúRia
Fenilcetonúria
A fenilcetonúria é caracterizada por uma doença genética recessiva hereditária, relacionada ao cromossomo autossômico 12, com freqüência atingindo aproximadamente uma criança a cada 12 mil nascimentos, variando de acordo com a população, acometendo em maior número indivíduos de pele clara, sendo muito rara em africanos.
O organismo portador, devido homozigose do alelo alterado para esse gene, expressa má formação ou mesmo ausência da enzima fenilalanina hidroxilase, que cataliza a conversão do aminoácido fenilalanina em tirosina, a partir do acréscimo de grupamento hidroxila (OH).
Essa deficiência provoca distúrbios na síntese de proteínas, causada pela carência de tirosina e acúmulo de fenilalanina no organismo.
Entre as implicações da concentração de fenilalanina, estão relacionados fatores de toxicidade devido à transformação deste aminoácido em: ácido fenil-pirúvico e ácido fenil-lático, substâncias tóxicas que provocam lesões nas células do sistema nervoso central, causando atraso no desenvolvimento psicomotor (locomoção e comunicação), hiperatividade e convulsões.
O tratamento requer de uma alimentação com baixo teor de fenilalanina, minimizando os efeitos de sua ação acumulativa.
Exercícios
1)   (SUPREMA/2015) Observe o que se lê no rótulo de uma garrafa de Coca-Cola:
Atenção fenilcetonúricos: contém fenilalanina
A fenilcetonúria (PKU) é uma doença hereditária transmitida por herança autossômica de um par de alelos, que impede o metabolismo do aminoácido fenilalanina, provocando seu acúmulo nos tecidos, inclusive no tecido nervoso. Em consequência, surge uma deficiência mental acentuada e incurável. Assim, crianças fenilcetonúricas, nos primeiros anos de vida, devem evitar alimentos que contêm fenilalanina, para não se tornarem deficientes mentais. Se um casal normal tem um filho com esta doença.
Responda
A) O gene causador da doença é dominante ou recessivo?
B) Os pais deste doente são homozigotos ou heterozigotos?
C) Qual a probabilidade desse casal ter outro filho doente?
D) Se o casal tiver 12 filhos, quantos, provavelmente, serão doentes?
2) Sabemos que o albinismo é uma anomalia genética recessiva em que o indivíduo portador apresenta uma deficiência na produção de melanina em sua pele. Se um rapaz albino se casa com uma menina que produz melanina normalmente, porém que possui mãe albina, qual é a probabilidade de o filho do casal nascer albino? 

1ºD e C


poluição nos rios - tratamento de efluentes
Eutrofização é o processo de poluição de corpos d´água, como rios e lagos, que acabam adquirindo uma coloração turva ficando com níveis baixíssimos de oxigênio dissolvido na água. Isso provoca a morte de diversas espécies animais e vegetais, e tem um altíssimo impacto para os ecossistemas aquáticos.
O problema da eutrofização tem como ponto de partida o acúmulo de nutrientes dissolvidos na água. Corpos d´água naturais possuem baixos níveis de nutrientes dissolvidos, limitando o desenvolvimento de produtores, especialmente as algas. A cadeia trófica, dessa forma, mantém-se equilibrada. Algas, cianobactérias e animais que vivem próximos à superfície da água têm, portanto, seu crescimento limitado. Dessa forma, a luz vinda do Sol consegue atingir as partes mais fundas dos corpos d´água, e as plantas que ali vivem conseguem realizar fotossíntese. O oxigênio da fotossíntese é dissolvido na água, fazendo com que os animais ali viventes tenham à disposição uma boa quantidade de gás disponível. Deve-se lembrar que o oxigênio atmosférico demora a se dissolver na água, e o oxigênio liberado como produto da fotossíntese de algas e cianobactérias em geral vai para a atmosfera. Dessa forma, não constituem uma fonte abundante desse gás para os animais aquáticos. São as plantas enraizadas, em geral, as responsáveis pela oxigenação de rios e lagos.
Com o aumento da disponibilidade de nutrientes, temos um aumento considerável no número de algas e cianobactérias. Num primeiro momento, há mais alimento disponível para os heterótrofos, mas há pouca troca de gases entre o corpo d´água e a atmosfera, ocasionando uma baixa oxigenação da água. A maior quantidade de algas na superfície também diminui a passagem de luz para as plantas enraizadas que realizam fotossíntese, dificultando seu crescimento.

O problema se agrava ainda mais quando as algas começam a morrer. Uma grande quantidade de nutrientes provenientes dos corpos dessas algas fica disponível aos decompositores, que são principalmente bactérias e organismos bentônicos. Esses organismos utilizam o já pouco oxigênio disponível no processo de decomposição, levando a uma “desoxigenação” do corpo d´água.

De onde vem a poluição?

Convenções internacionais estabelecem que qualquer tipo de material ou substância que interfira no equilíbrio de um determinado ecossistema é considerado um poluente. Neste sentido, a degradação dos nossos rios possui várias causas, inclusive o comportamento inadequado ou conivente da população ao fazerem o descarte de seus resíduos de forma irregular ou não cobrarem de empresas e governos uma postura mais sustentável.
No caso das águas, os principais e mais comuns poluentes são esgoto doméstico, petróleo e seus derivados, metais pesados, substâncias organocloradas (poluentes orgânicos persistentes) e o lixo. Veja abaixo como cada um dos fatores impacta na sociedade e como você pode fazer para diminuir o dano ao recurso natural mais precioso do planeta:

Esgoto doméstico

Com o lançamento do esgoto ou efluente doméstico não tratado nos rios, há um aumento da matéria orgânica na água, o que faz com que o equilíbrio local seja afetado, ocorrendo o aumento de determinados microrganismos e a dificuldade de desenvolvimento de outros. Esse processo, conhecido como eutrofização, pode levar ao surgimento de microalgas e ao sufocamento de peixes e outras espécies, além da transmissão de doenças presentes nas fezes humanas para outros consumidores da água. Sem citar o fato de que o esgoto doméstico pode estar contaminado com substâncias tóxicas não orgânicas.
Neste caso, é preciso conhecer bem qual a destinação correta para cada tipo de esgoto produzido pela residência/indústria, além de procurar se informar sobre a existência ou não de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) na região e sua eficiência.

Efluentes industriais

O lançamento de efluentes provenientes das atividades industriais em rios, lagos e córregos provocam um sério desequilíbrio no ecossistema. As alta cargas poluentes presentes nesse tipo de resíduo provocam efeitos tóxicos nos seres vivos do local, podendo se acumular em seus organismos, influenciando também a rotina do ser humano, podendo causar doenças e, em casos mais graves, até a morte. Veja mais em nosso artigo “Conheça as doenças causadas pelo “não tratamento” do esgoto”.

Metais pesados

Geralmente resultantes de processos industriais, substâncias como o mercúrio, o chumbo e o cádmio são classificados como metais pesados e têm uma capacidade tóxica altíssima. Eles se acumulam no organismo e podem causar sérios problemas, como câncer ou outras doenças.
A medida para se evitar esse tipo de desastre cabe às indústrias: todo os rejeitos do processo produtivo devem ser corretamente destinados. Além disso, essas empresas precisam ser fiscalizadas e monitoradas. Caso a indústria não realize o tratamento adequado, esses metais serão lançados nos rios, contaminando todo o curso de águas.

Poluentes Orgânicos Persistentes (POP)

Os poluentes orgânicos persistentes (POP) são organoclorados que não se degradam facilmente na natureza e surgem da produção de pesticidas e plásticos. Um exemplo de POP é o DDT, muito usado na década de 70 em produtos de controle de pragas agrícolas. Atualmente, como seus efeitos altamente nocivos são conhecidos, ele é proibido. Mas é papel do consumidor sempre verificar se há presença desse tipo de substância naquilo que consome.

Lixo

Se em terra firme o lixo mal destinado já traz sérias consequências, imagina em alto mar, sem o menor controle? Através das praias ou mesmo de esgotos sendo despejados diretamente nos rios, o lixo chega diretamente à fauna marítima, sem contar as embarcações, tais como veleiros, cargueiros ou navios turísticos, que despejam seus resíduos nas águas. Nesse cenário, os animais muitas vezes confundem plástico e vidro com seus alimentos naturais e morrem engasgados ou sufocados.

Faça um breve texto respondendo as questões abaixo
Qual a sua opinião sobre a atual situação dos rios e mares brasileiros? Como sua família contribui para a mudança deste cenário? 

8º A - Ciências - 27/07 A 31/07

Sistemas endócrino e nervoso: uma dupla afinada 

sistema nervoso pode fornecer ao sistema endócrino informações sobre o meio externo, enquanto que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino em conjunto com o sistema nervoso atua na coordenação e regulação das funções corporais.

Observe a imagem
Sistemas endócrino e nervoso: uma dupla afinada. Ilustração: Luciano Veronezi

1 O perigo é identificado
Antes do passeio, receptores superficiais do corpo captam estímulos (visuais e sonoros) e geram uma corrente de impulsos elétricos para o sistema nervoso central (SNC). ele desencadeia reações. o olhar, por exemplo, fica arregalado.
2 Reações nervosas
Ao receber os estímulos, o SNC, que é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, provoca respostas em glândulas, músculos e áreas do próprio SNC. Os músculos, por exemplo, reagem, ficando mais rígidos e tensionados.
3 Sistema endócrino
Ao mesmo tempo, as glândulas suprarrenais são estimuladas e secretam adrenalina no sangue. As pupilas e os brônquios dilatam, os batimentos cardíacos aumentam e ocorre a vasoconstrição. O corpo passa a produzir mais suor.
4 Tudo volta ao normal
Fim do passeio. Cessam os estímulos que ativam o SNC e ele para de acionar as suprarrenais. Desse modo, o organismo interpreta que pode retomar o equilíbrio. Essa recuperação leva alguns minutos e varia de pessoa para pessoa.
Certos eventos provocados pelos dois sistemas são reversíveis. Nas situações de risco em potencial - como o caso do passeio na montanha-russa, o nível de adrenalina se eleva, assim como a velocidade dos batimentos cardíacos. Porém, depois de passado o suposto perigo, ambos voltam ao normal. Existem, no entanto, aqueles que não têm volta, como o crescimento do corpo. 
Graças à atuação combinada entre as estruturas nervosas e endócrinas, o organismo se desenvolve por inteiro e a pele e os ossos, por exemplo, aumentam de tamanho de modo sincronizado. Têm também a ver com elas a puberdade e as alterações que o organismo sofre nessa fase, como o crescimento de pelos na região do púbis. 
O corpo na puberdadeAs partes do organismo que são as principais responsáveis pelas mudanças que ocorrem no corpo e o que elas desencadeiam
O corpo na puberdade. Ilustração: Luciano Veronezi
1. Hipotálamo Região que regula a atividade da hipófise. Graças a ele, nos garotos ocorrem a síntese de testosterona nos testículos, a maturação dos espermatozoides e o crescimento dos testículos e pelos ao redor do pênis. Nas meninas, se dá a síntese de estrogênio e progesterona e aparecem o botão mamário e os pelos pubianos.

2. Hipófise É a responsável pelo processo de secreção de vários hormônios que atuam sobre órgãos e outras glândulas endócrinas. ela também secreta vários hormônios que podem estimular a tireoide, as glândulas suprarrenais, os ovários e os testículos. Também responde pelo hormônio do crescimento.

3. Tireoide Glândula que regula o metabolismo do corpo. ela tem como função secretar dois hormônios importantes para esse processo: T3 e T4. entre outras tarefas, eles são responsáveis pela manutenção do peso do corpo.

4. Suprarrenais situadas sobre os rins, produzem alguns hormônios, entre eles, os androgênicos, capazes de aumentar a secreção das glândulas sebáceas, influenciando o desenvolvimento de acne, e exercer efeitos masculinizantes no corpo masculino e feminino.


Atividade para Pesquisar:

O que o sistema nervoso e endócrino tem a ver com a sensação de fome? Quais partes do corpo estão envolvidas? Como elas atuam em conjunto?. É o estômago que comanda tudo, inclusive a vontade de comer? 
Boa semana!

7º A e B - 27/07 A 31/07 - Ciências

7º A e B - 27/07 A 31/07 - Ciências



Desastres ambientais
Nos dias atuais, a degradação do meio ambiente vem aumentando e para isso, o tema precisa ser abordado para ser compreendido.

Impacto ambietal, por definição, é qualquer alteração significativa no meio ambiente, sendo ela provocada pela ação humana ou fenômenos naturais.
Os desastres causados por furacões, tsunamis e queimadas naturais, são impactos de causas naturais que não foram resultados da ação do homem por exemplo. Já aquelas causadas pelo homem são as atividades petrolíferas, agricultura, pastagem para criação de gado, mineração, entre outros, mas que também tem resultados bastante catastróficos.
Os impactos também podem ser adversos ou benéficos. Há atividades como gestão de unidades para conservação como por exemplo de parques e reservas, o reflorestamento de áreas degradadas, cultura de plantas e animais e  os chamados “negócios verdes” de reciclagem, produtos biodegradáveis, serviços de recuperação, entre outros.
Já os impactos adversos são aqueles mais citados e divulgados na mídia sobre poluição atmosférica, destruição da flora e fauna, contaminação de água e desmatamento, por exemplo.
Na história já ocorreram grandes desastres ambientais, causados tanto pelo homem, como pela natureza. Os que mais marcaram a história como grandes impactos ambientais no mundo são:
Bomba de Hiroshima e Nagasáki – Japão (1945)
As duas explosões que ocorreram em agosto e mataram entre 150 mil a 220 mil japoneses. As estimativas não são precisas porque os documentos militares da época foram destruídos. No raio de 1 quilômetro do centro da explosão, quase todos os animais e plantas morreram. Em 58 anos a radiação aumentou em 51% dos casos de leucemia. Hoje as duas cidades possuem um índices de radiação aceitáveis.
Explosão de Chernobyl – Ucrânia (1986)
Considerado o pior acidente radioativo do mundo. A radiação foi maior que as da bomba de Hiroshima e Nagazaki, a nuvem nuclear atingiu a Europa e contaminou milhares de quilômetros de florestas e doenças em mais de 40 mil pessoas. A explosão de um dos quatro reatores da usina de energia de Chernobyl, ocasionada por uma série de falhas humanas, foi responsável pela morte de 32 pessoas na hora e outras 10 mil perderam a vida nos anos seguintes.
A proporção foi tanta porque o incêndio foi controlado só 9 dias depois. Foram gastos 480 milhões de dólares para limpar a região. E até hoje existem evidências do acidente em uma cidade totalmente fantasma.
Fukushima – Japão (2011)
O acidente nuclear que ocorreu no Japão em 2011 após um tsunami, daqui alguns anos pode ser considerado o pior, porque as consequências não pararam até hoje por causa do vazamento radioativo. Até hoje, 50 mil pessoas ainda não podem voltar para suas casas.
Desastres no Brasil
Goiânia (1987)
Um dos mais graves casos de radiação do mundo ocorreu em Goiânia por meio do material radioativo Césio 137.
Dois catadores de lixo arrombaram um aparelho radiológico nos escombro de um antigo hospital abandonado e encontraram um pó branco que emitia luz azul. Os catadores levaram o Césio 137 para outros pontos da cidade, contaminando pessoas, água, solo e ar.
Pelo menos 4 pessoas morreram e centenas de outras desenvolveram doenças.
Em 1996 a Justiça condenou três sócios e um funcionário do hospital abandonado por homicídio culposo. A pena foi de três anos e dois meses de, porém, foram trocadas por prestação de serviços voluntários.
Rompimento da barragem de Mariana – Minas Gerais (2015)
Em novembro, o rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG) provocou a liberação de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos. O Rio Doce que já estava comprometido por causa de poluição e assoreamento, depois do desastre ficou ainda mais comprometido.
Nos últimos 14 anos, só em Minas Gerais ocorreram acidentes na Mineração Rio Verde, em Nova Lima (2001), na Mineração Rio Pomba Cataguases, em Miraí (2007), e na Mineração Herculano, em Itabirito (2014).
Por enquanto, a Samarco, responsável pelas operações de mineração, já recebeu cinco multas do Ibama, que totalizam R$ 250 milhões. Além disso a empresa também arcará com todos os custos de indenização individual e coletiva e a recuperação ambiental da área impactada, que tem duração imprevisível.
As transformações ambientais e os fenômenos naturais fazem parte da evolução natural do planeta. Sempre teremos enchentes, deslizamentos de terras e tantos outros. Precisamos é de políticas públicas de uso e ocupação do solo urbano, identificando e monitorando áreas de vulnerabilidade natural ou áreas que desconhecemos o meio físico, para proteger a população desses desastres.
As catástrofes que ocorreram na região serrana do Rio de Janeiro, por exemplo, onde centenas de vidas foram destruídas, ou de enchentes que acontecem na Cidade de Goiás-GO, podem ser evitadas. Medidas simples como não jogar lixo no chão, não ocupar as encostas e planície de inundação, não desmatar as matas ciliares, não deixar prosperar moradias irregulares, não poluir águas, entre outros.
Se agirmos conscientemente, além de preservarmos a natureza, evitamos esses desastres ambientais.

A figura abaixo mostra uma contaminação com enxofre, um material químico.
    Qual é o impacto que esse tipo de contaminação causa no ambiente?
Escolha 1 resposta:
a)      A contaminação com produtos químicos pode intoxicar e matar os seres vivos.
b)      A contaminação com produtos químicos aumenta a produtividade do solo.
c)       A contaminação com produtos químicos não causa nenhum impacto ambiental.

2) 
3) A figura abaixo mostra ações emergenciais após a ocorrência de um acidente radioativo.

Por que as pessoas usam máscaras?
Escolha 1 resposta:
(   ) As pessoas usam máscaras para não respirarem parte do petróleo lançado na atmosfera.
(    ) As pessoas usam máscaras para não respirarem parte da nuvem radioativa lançada na atmosfera.
(    ) As pessoas usam máscaras para não respirarem parte dos metais lançados na atmosfera

4) Leia o texto:
“Temos de lembrar que todos os anos nós enfrentamos problemas com as chuvas de verão, em diferentes regiões do País. Registramos altas temperaturas e depois tempestades. Conforme os anos vão passando, a intensidade dessas chuvas aumentam e elas começam a atingir novos lugares. Precisamos exigir dos municípios planos de adaptação para diminuir essa impermeabilização das cidades com Soluções baseadas na Natureza, como o investimento na proteção e recuperação de áreas verdes, possibilitando o escoamento da água. Ao mesmo tempo, temos de reduzir as ilhas de calor nas grandes metrópoles, que atraem essas grandes tempestades"

O que você faria na sua cidade para diminuir esse problema?.

quarta-feira, 22 de julho de 2020



3º D - física - 3º D - Física - 20/07 A 24/07

Atividade:  









Como a energia elétrica chega até sua casa


A energia elétrica pode ser produzida de várias formas: usinas hidroelétricas, usinas termoelétricas a gás natural ou carvão mineral, usinas de cogeração com bagaço de cana, usinas nucleares, usinas eólicas, usinas fotovoltáicas entre outras.


Depois de produzida, a energia elétrica vai para as cidades através das linhas e torres de transmissão de alta tensão. Essas linhas e torres são aquelas que você pode ver nas estradas, que levam a energia por longas distâncias. Quando a eletricidade chega às cidades, ela passa pelos transformadores de tensão nas subestações que diminuem a voltagem. A partir daí, a energia elétrica segue pela rede de distribuição, onde os fios instalados nos postes levam a energia até a sua rua.


Antes de entrar nas casas, a energia elétrica ainda passa pelos transformadores de distribuição (também instalados nos postes) que rebaixam a voltagem para 127 ou 220 volts. Em seguida, ela vai para a caixa do seu medidor de energia elétrica, que é o seu relógio de luz. É ele que mede o consumo de energia de cada residência.


A energia elétrica está sujeita as interrupções. Durante todo esse caminho, as linhas de transmissão e as redes de distribuição estão sujeitas aos raios, às tempestades e aos ventos fortes. Galhos de árvores também chegam a tocar os cabos elétricos em vários pontos da rede.


Esses fatores são os grandes responsáveis pela interrupção do fornecimento de energia. A necessidade de manutenção ou ampliação da rede também causa interrupções programadas. ​​


Impactos socioambientais










Apesar das hidrelétricas serem consideradas como fontes energéticas limpas, elas causam impactos socioambientais. Por isso suas construções geram tantos protestos contrários.


Normalmente esses protestos não impedem a construção das mesmas, mas podem levar a uma revisão do projeto de forma a reduzir os impactos.


Não sei se você ficou sabendo ou se já viu alguma manifestação contrária à construção de uma usina hidrelétrica. Um dos casos mais recentes no Brasil foi o da construção da usina de Belo Monte - Pará, que sofreu várias manifestações contrárias de ativistas, povos indígenas, artistas e cidadãos comuns.


Nas usinas hidrelétricas, a força da queda de um grande volume de água é utilizada para movimentar turbinas que acionam um gerador elétrico.


Essa água pode vir de grandes represas formadas pela construção de barragens ou podem vir diretamente do rio nas hidrelétricas de fio de água, que são as que não requerem grandes reservatórios de água para funcionar.




















Uma das diferenças entre as hidrelétricas de barragem e as de fio de água é a autonomia ou a dependência dos ciclos de chuva e seca da região. As hidrelétricas de fio d'água ficam à mercê da variação do volume de água do rio para a geração da energia elétrica; o que não acontece nas de barragem.


O alagamento de uma vasta área provoca profundas alterações no ecossistema como, por exemplo, a destruição da vegetação natural, o assoreamento do leito dos rios, o desmoronamento de barreiras, a extinção de certas espécies de peixes. Isso sem falar nos impactos sociais relacionados ao deslocamento de populações ribeirinhas.


Até bem pouco tempo atrás acreditava-se que a hidrelétricas eram uma fonte de energia limpa ou não poluente. Hoje se sabe que elas causam grandes impactos ambientais como, por exemplo, a decomposição da vegetação submersa que dá origem a gases como o metano, o gás carbônico e o óxido nitroso, que causam mudanças climáticas.


Mesmo assim, as usinas hidrelétricas são menos prejudiciais do que as termelétricas, que emitem outros gases tóxicos, como o dióxido de enxofre e de nitrogênio, além de materiais particulados prejudiciais à saúde.


Vamos ver aqui algumas vantagens e desvantagens das hidrelétricas.
Vantagens:


A principal vantagem é, sem dúvida, ser uma fonte de energia renovável e mais barata do que as demais energias limpas (solar, eólica e proveniente das marés).


Mas, além disso, ela pode proporcionar o desenvolvimento da região do entorno da área alagada pelo estabelecimento de vias fluviais para o transporte e o estímulo às atividades de lazer e de turismo, por exemplo.


A água represada pode ser usada na irrigação de plantações próximas à usina e na regulagem da vazão do rio.
Desvantagens:


As principais desvantagens ou impactos negativos sociais e ambientais das hidrelétricas estão relacionados com o alagamento de grandes áreas.


Os impactos sociais envolvem tanto as populações ribeirinhas que precisam ser deslocadas, quanto as que ficam em regiões próximas não inundadas.


As alterações no microclima do entorno das barragens são relevantes. Ocorre alteração na umidade relativa do ar, nos ciclos e quantidade das chuvas, no sistema de ventos etc..


Durante tempestades, a quantidade de matéria inorgânica em suspensão na água aumenta. Isso diminui a entrada de luz na água e altera a produção de fitoplancton e a sobrevivência das macrófitas. Como consequência a quantidade de oxigênio dissolvido na água pode diminuir muito, comprometendo toda a vida aquática.









Abaixo listamos os principais problemas gerados para a flora e fauna:


· Destruição da vegetação natural;


· Assoreamento do leito dos rios;


· Desmoronamento de barreiras;


· Extinção de espécies de peixes, por interferência nos processos migratórios e reprodutivos (piracema);


· Acidificação da água quando não ocorre desmatamento prévio em escala adequada;


· Perdas da flora e fauna aquática e terrestre nativas;


· Ocorrência de atividades sísmicas devido ao peso da água sobre o substrato rochoso subjacente;


· Alterações na água do reservatório relativas à temperatura, oxigenação (oxigênio dissolvido) e pH (ocorrência de acidificações);


· Poluição das águas, contaminações e introdução de substâncias tóxicas nos reservatórios pela lixiviação de pesticidas, herbicidas e fungicidas provenientes das plantações pré-existentes na região alagada;


· Introdução de espécies exóticas nos reservatórios, em desequilíbrio com os ecossistemas da bacia hidrográfica;


· Remoção de mata ciliar;


· Aumento da pesca predatória, por pescadores profissionais ou em atividades de lazer;


· Implantação de barreira física que impedem migrações sazonais de espécies animais, perturbando o equilíbrio do ecossistema;


· Diminuição do sequestro de carbono pela vegetação inundada, contribuindo para aumentar o efeito estufa.


Os principais problemas sociais gerados pela construção das hidrelétricas são:


· Deslocamento de populações em escalas variáveis conforme a topologia;


· Inundação de áreas agricultáveis ou utilizáveis para pecuária ou reflorestamento;


· Sempre são registrados casos de aumento da distribuição geográfica de doenças de veiculação hídrica como, por exemplo, a malária e a esquistossomose;


· Danos ao patrimônio histórico e cultural;


· Efeitos sociais intangíveis da relocação indiscriminada de grandes populações, especialmente agrupamentos indígenas, quilombolas ou comunidades tradicionais;


· Incremento de navegação e transporte na bacia de acumulação causando alterações relevantes dentro da bacia hidrográfica;


· Intensificação de atividade extrativistas no interior da bacia hidrográfica do reservatório;


· Uso excessivo e descontrolado de equipamentos de recreação que interferem na fauna aquática;


· Deterioração das margens por assentamentos urbanos ou rurais não planejados;


· Perda de benfeitorias, plantações e áreas agricultáveis ou alagadiças;


Além disso, devemos considerar os impactos socioambientais causados durante a construção da barragem e hidrelétrica. Durante a construção da usina de Itaipu – Paraná foram elencados os seguintes problemas:


· Aumento da demanda de mão de obra – que provocou o surgimento de vários vilarejos sem a estrutura adequada (saneamento básico e vias de circulação) para a recepção de novas famílias;


· Extinção de inúmeras propriedades rurais – provocou o deslocamento das comunidades rurais para as cidades do entorno, aumentando as aglomerações urbanas;


· Devastação da mata nativa provocada pelo crescimento desordenado das cidades do entorno da usina.
Como fazer para diminuir esses impactos?


Uma das possibilidades é a construção de usinas hidrelétricas “a fio de água”, que são aquelas que não precisam de reservatório de água ou o têm em dimensões menores do que poderiam ter.


Esta foi uma opção adotada para a construção da Usina de Belo Monte e parece ser uma tendência a ser adotada em projetos futuros. Porque a redução da área alagada tem como consequência a maior preservação das áreas de entorno, a proteção da fauna e da flora e o deslocamento, se necessário, de uma quantidade menor de pessoas.


A desvantagem desse tipo de usina é que ela usa o fluxo de água do próprio rio para movimentar suas turbinas, ficando a mercê do volume de chuvas para a geração de energia. Em época de cheia a geração de energia aumenta, mas em época de seca, diminui.


Apesar de ser um modelo sustentável, com vantagens ambientais e sociais, a usina a fio d’água diminui a segurança energética do país devido, exatamente, à sua dependência dos ciclos pluviais.


No entanto, implantar sistemas de pequenas e médias barragens é uma das atitudes cada vez mais necessárias para equilibrar a necessidade de geração de energia com a sustentabilidade ambiental e social do país.






Exercício


1) LEIA O TEXTO SOBRE A PRIMEIRA HIDRELÉTRICA DO MUNDO.


A PRIMEIRA HIDRELÉTRICA DO MUNDO FOI CONSTRUÍDA NO FINAL DO SÉCULO XIX – QUANDO O CARVÃO ERA OPRINCIPAL COMBUSTÍVEL E AS PESQUISAS SOBRE PETRÓLEO AINDA ENGATINHAVAM – JUNTO ÀS QUEDASD’ÁGUA DAS CATARATAS DO NIÁGARA. ATÉ ENTÃO, A ENERGIA HIDRÁULICA DA REGIÃO TINHA SIDO UTILIZADAAPENAS PARA A PRODUÇÃO DE ENERGIA MECÂNICA. NA MESMA ÉPOCA, E AINDA NO REINADO DE D.PEDRO II, O BRASIL CONSTRUIU A PRIMEIRA HIDRELÉTRICA, NO MUNICÍPIO DE DIAMANTINA, UTILIZANDO ASÁGUAS DO RIBEIRÃO DO INFERNO, AFLUENTE DO RIO JEQUITINHONHA.


FONTE:HTTP://WWW.ANEEL.GOV.BR/ARQUIVOS/PDF/ATLAS_PAR2_CAP3.PDF .


A PRODUÇÃO DE ENERGIA NA USINA CONSTRUÍDA NAS QUEDAS D’ ÁGUA DAS CATARATAS DO NIÁGARA OCORRE:



(A) A PARTIR DA ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA
(B) ATRAVÉS DA FORÇA DA ÁGUA NOS GERADORES
(C) PELA PASSAGEM DE ÁGUA NAS TURBINAS
(D) POR MEIO DE REPRESAS QUE ARMAZENAM ÁGUA (A








2) USINA HIDROELÉTRICA X MEIO AMBIENTE


IMAGINE O DESCONFORTO QUE SERIA, CASO O FORNECIMENTODE ENERGIA ELÉTRICA DE NOSSA CIDADE FOSSE INTERROMPIDO: INDÚSTRIAS, CASAS, ESCOLAS, PRÉDIOS E AVENIDAS FICARIAM SEM LUZ; RÁDIOS E TVS SILENCIARIAM; APARELHOS ELETRÔNICOS DEIXARIAM DE FUNCIONAR. O TRÂNSITO SE TORNARIA CAÓTICO, POIS OS SEMÁFOROS FICARIAM APAGADOS; O METRÔ PARARIA. PARA QUE NÃO HAJA FALTA NEM RACIONAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA, NOVOS INVESTIMENTOS ESTÃO SENDO FEITOS. USINAS GERADORAS DE ELETRICIDADE ESTÃO SENDO CONSTRUÍDAS, CONTUDO NÃO SE PODE ESQUECER DOS DESAFIOS PARA REDUZIRO IMPACTO AMBIENTAL. O MUNDO NECESSITA, COM CERTA URGÊNCIA, AUMENTAR CONSIDERAVELMENTE A POTÊNCIA ELÉTRICA GERADA, EM VIRTUDE DO CRESCENTE CONSUMO DA POPULAÇÃO. PODEMOS CONTRIBUIR PARA EVITAR UM RACIONAMENTO OU UMA FUTURA ESCASSEZ DE ENERGIA ELÉTRICA, CONSCIENTIZANDO-NOS DE QUE DEVEMOS UTILIZÁ-LA DE MODO RACIONAL, DIMINUINDO O CONSUMO, SEM REDUZIR OS BENEFÍCIOS QUE ELA NOS TRAZ.


ASSINALE A OPÇÃO QUE ESTÁ EM DESACORDO COM AS IDEIAS EXPOSTAS NO TEXTO.



A) DEMORAR O MENOS POSSÍVEL NO BANHO E, EM DIAS QUENTES, USAR O CHUVEIRO NA POSIÇÃO VERÃO.
B) A PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE, OS CUIDADOS COM A FLORA E A FAUNA NÃO DEVEM SER LEVADOS EM CONTA NA imPLANTAÇÃO DE UMA USINA HIDROELÉTRICA.
C) REDUZIR O CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA É UMA FORMADE CONTRIBUIR PARA A PRESERVAÇÃO DO AMBIENTE.
D) PROCURAR OUTRAS FONTES DE ENERGIA, COMO, POR EXEMPLO, A EÓLICA, QUE NÃO PRODUZAM IMPACTO AMBIENTAL É UMA ALTERNATIVA SAUDÁVEL.
E) NA ESCOLHA DE UMA FONTE DE ENERGIA, ALÉM DE CONSIDERARMOS O RENDIMENTO E A POTÊNCIA INSTALADA, DEVEMOS LEVAR EM CONTA A POLUIÇÃO AMBIENTAL QUE ELA PROVOCA.




3) Faça uma pesquisa sobre os impactos socioambientais da Usina de Belo Monte na cidade de Altamira antes e depois da construção




2º f - Física - 20/07 A 24/07

2º f - Física - 20/07 A 24/07

Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a construção de uma máquina térmica ideal, que seria capaz de transformar toda a energia fornecida em trabalho, obtendo um rendimento total (100%).
Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832) propôs uma máquina térmica teórica que se comportava como uma máquina de rendimento total, estabelecendo um ciclo de rendimento máximo, que mais tarde passou a ser chamado Ciclo de Carnot.
As máquinas térmicas são dispositivos que funcionam de acordo com o que estabelece a segunda lei da Termodinâmica:
O calor não pode passar de forma espontânea de um corpo de menor temperatura para outro de temperatura mais alta.”
Sendo assim, as máquinas térmicas operam em ciclos, retirando uma quantidade calor (QQ) de uma fonte quente, convertendo parte desse calor em trabalho mecânico (τ) e rejeitando outra quantidade de calor para uma fonte fria (QF).
Esse esquema de funcionamento pode ser observado na figura a seguir:
Diagrama demonstrando o esquema de funcionamento de uma máquina térmica
Este ciclo seria composto de quatro processos, independente da substância:
  • Uma expansão isotérmica reversível. O sistema recebe uma quantidade de calor da fonte de aquecimento (L-M)
  • Uma expansão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (M-N)
  • Uma compressão isotérmica reversível. O sistema cede calor para a fonte de resfriamento (N-O)
  • Uma compressão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (O-L)
Obs.: transformação adiabática ocorre quando um gás sofre expansão ou compressão muito rapidamente, sem que haja tempo suficiente para transferências de calor. Transformações adiabáticas são processos termodinâmicos nos quais não ocorrem transferências de calor entre um sistema e suas vizinhanças.

Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor que é fornecida pela fonte de aquecimento e a quantidade cedida à fonte de resfriamento são proporcionais às suas temperaturas absolutas, assim:
Assim, o rendimento de uma máquina de Carnot é:
 e 
Logo:
Sendo:
= temperatura absoluta da fonte de resfriamento
= temperatura absoluta da fonte de aquecimento
Com isto se conclui que para que haja 100% de rendimento, todo o calor vindo da fonte de aquecimento deverá ser transformado em trabalho, pois a temperatura absoluta da fonte de resfriamento deverá ser 0K.
Partindo daí conclui-se que o zero absoluto não é possível para um sistema físico.

Exemplo:
Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, cujo fluido entra a 560ºC e abandona o ciclo a 200ºC?

Exercícios
1. Uma máquina que opera em ciclo de Carnot tem a temperatura de sua fonte quente igual a 330°C e fonte fria à 10°C. Qual é o rendimento dessa máquina?

2. Uma máquina térmica opera em ciclos retirando calor Q1 = 300 J de uma fonte térmica quente, T1 = 600 K, e rejeitando Q2 = 200 J em uma fonte fria T2 = 300 K, a cada ciclo, em que a diferença entre esses valores corresponde ao trabalho produzido por ciclo. Dado que as únicas trocas de calor da substância de trabalho da máquina com as fontes externas são essas duas descritas acima, qual é o rendimento térmico da máquina?

3. Uma máquina térmica tem rendimento de 40% e realiza um trabalho de 2000 Joules. Qual a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria, em Joules, pela referida máquina?

4. Uma máquina de Carnot opera entre as temperaturas TQ = 900 K e TF = 400 K, sendo TQ a temperatura da fonte quente e TF a temperatura da fonte fria. A máquina realiza 800 J de trabalho em cada ciclo.
Com base nesse caso hipotético, qual a energia liberada em forma de calor, em Joule, para a fonte fria a cada ciclo?