terça-feira, 11 de agosto de 2020

1ºD - Bio - 3º Bimestre - aula 2

1ºD -  Bio - 3º Bimestre - aula 2


Qualidade de vida, conceito e exemplos
1-Para você o que significa ter qualidade de vida?
2-O que te faz feliz?
3-O que te deixaria mais feliz ainda?
O conceito de qualidade e vida é muito subjetivo e dinâmico, ou seja, varia de pessoa para pessoa e pode mudar ao longo da vida, com as vivências e experiências.
Mas, de forma geral, podemos dizer que a qualidade de vida compreende três aspectos subjetivos - o ser, o pertencer e o tornar-se.
ser é o ser humano, você!
Você é resultado de seus hábitos, de sua aptidão física, de suas habilidades individuais, inteligência, valores familiares e individuais, experiências de vida etc.. Você é fruto de tudo o que viveu e aprendeu até esse exato momento.
pertencer trata das relações que você estabeleceu e possui com seus familiares, amigos, vizinhos e pessoas das suas comunidades reais e virtuais. Aborda também o grau de privacidade que você escolheu ter, bem como a participação em diferentes grupos. Esse pertencer também ajudou a definir quem você é hoje.
tornar-se remete às expectativas e possibilidades reais de você vir a ser quem você gostaria de ser, pertencer a grupos que você gostaria de pertencer, trabalhar naquilo que você gostaria de trabalhar e assim sucessivamente. O tornar-se está ligado, então, a seus objetivos e aspirações, que embasam suas escolhas de hoje – ou deveriam embasa-las.
Os três aspectos subjetivos da qualidade de vida estão relacionados com a realização pessoal, e com a sensação de felicidade que isso traz.
Contudo o conceito de qualidade de vida não se restringe apenas aos aspectos subjetivos, ele abraça também aspectos objetivos como, por exemplo, o acesso a uma educação de qualidade, à alimentação adequada, saúde, moradia, segurança e bens de consumo.
Aliás, o conceito de qualidade de vida nasceu considerando apenas questões objetivas. Ao longo da história, é que os aspectos subjetivos foram sendo somados.
Vamos ver agora como isso se deu.
Conceito de qualidade de vida
O conceito de qualidade de vida foi sendo modificado ao longo da história.
O termo qualidade de vida foi usado pela primeira vez em 1920 em uma publicação norte-americana sobre bem-estar e economia. Na época o termo foi atrelado ao suporte que deveria ser dado pelo governo às classes sociais desfavorecidas.
Ele ressurgiu na década de 60, novamente nos Estados Unidos, sendo atrelado à aquisição de bens como, por exemplo, casa própria, carro, outros bens menores e salário fixo.
A partir daí o conceito vem sendo ampliado para incluir também questões sociais como, por exemplo, educação, saúde e lazer.
Mas, como falamos na introdução, o conceito de qualidade de vida é muito subjetivo, variando de pessoa para pessoa. Assim, nas últimas décadas, têm sido inseridas visões mais subjetivas como, por exemplo, a satisfação pessoal, o sentimento de realização e de felicidade.
Segundo publicação de 2012 do Ministério da Saúde e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
O conceito de qualidade de vida engloba, então, tanto questões objetivas quanto subjetivas.
Entre os aspectos subjetivos temos o bem estar espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além do pertencimento social com a participação em diferentes grupos sociais (família, amigos, trabalho etc.). Já os objetivos abarcam a saúde, educação, moradia, saneamento básico e outras circunstâncias da vida.
Medindo a qualidade de vida
Quando o conceito de qualidade de vida estava ligado somente às questões objetivas, sua medição era relativamente fácil, sendo feita através da determinação do Índice de Desenvolvimento Humano ou IDH.
O IDH foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) no início dos anos 90 para classificar os países em três níveis - desenvolvido, em desenvolvimento e subdesenvolvido.
O valor do IDH varia entre 0 e 1. Países com IDH maior ou igual a 0,8 são considerados desenvolvidos; em desenvolvimento se o IDH ficar entre 0,5 e 0,79 e, subdesenvolvido se o IDH ficar abaixo de 0,49.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Santos é 0,840, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Muito Alto (IDHM entre 0,800 e 1). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Renda, com índice de 0,861, seguida de Longevidade, com índice de 0,852, e de Educação, com índice de 0,807.
Em seu cálculo são considerados os dados sobre a expectativa de vida ao nascer, a educação e o produto interno bruto per capita.
A expectativa de vida está relacionada com as condições de saúde da população. A educação considera a taxa de alfabetização de adultos e a taxa de matrícula na educação básica e no ensino superior. Já a renda é medida pelo poder de compra da população.
O IDH é ainda a medida de desenvolvimento mais conhecida e utilizada no mundo.
Mas, com a inclusão dos aspectos subjetivos no conceito de qualidade de vida, o IDH deixou de ser adequado para determina-la por considerar apenas aspectos objetivos em seu cálculo.
Em 2010, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) ampliou o IDH, definindo o Índice de Valores Humanos ou IVH, que aborda também a felicidade das pessoas como fator de bem-estar, além dos aspectos considerados no IDH.
Assim, o IVH reflete as expectativas, sonhos, percepções e aspirações da sociedade relacionadas à educação, saúde e trabalho, funcionando como uma bússola na definição e acompanhamento de políticas públicas.
O Butão e a França usam o índice Felicidade Interna Bruta que se propõe a medir a felicidade do país.

Figura: Casal de idosos no Butão. Crédito: Steve Evans,CC-BY-2,0. Disponível em https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bhutan_-_Flickr_-_babasteve_(91).jpg. Acesso em 14/03/2019.

A Venezuela criou o Ministério para a Suprema Felicidade Social, com a responsabilidade de coordenar programas de assistência desenvolvidos pelo Executivo. Em Dubai, por sua vez, foi criado o Ministério da Felicidade.
Já a Inglaterra criou o Índice Planeta Feliz, que visa medir o grau de satisfação das pessoas, de bem-estar, expectativa de vida e os impactos causados pela sociedade à natureza.
Talvez o mais importante não seja exatamente o nome do índice usado para a medição da felicidade, mas a própria felicidade em si


Doenças que mais matam no Brasil
As “doenças da modernidade” são as que mais matam no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde (OMS), o perfil nacional da mortalidade modificou-se durante os últimos anos, evidenciando que atualmente as doenças do aparelho circulatório em associação com vida agitada nos grandes centros urbanos, sedentarismo, estresse, alimentação desregrada e consumo exacerbado de fumo e bebidas alcoólicas, estão em primeiro lugar no ranking, sendo as responsáveis pelo maior número de óbitos de indivíduos de ambos os sexos.
Segundo informações da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), na década de 30, as doenças infecciosas e parasitárias (tuberculose, diarréias, malária, entre outras) correspondiam a aproximadamente 46% das mortes em capitais do país. Desde então, verificou-se significativa, sendo que em 2003 verificou-se que essas doenças correspondiam a apenas 5% das causas de morte no Brasil.
A doença do sistema circulatório responsável pelo maior número de óbitos é o acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. No ano de 2005, essa representou 31,7% das causas de morte por problemas circulatórios no Brasil e 10% das mortes totais do país. Ainda dentre as doenças vasculares, a doença isquêmica do coração representa a segunda maior causa de óbitos no Brasil, em especial, o infarto agudo do miocárdio. Foi contabilizado que no ano de 2005, 84.945 pessoas morreram em decorrência de infarto no país. Avaliando-se as 10 primeiras causas de mortes no país, encontram-se mais duas causas de etiologia circulatória.
Em segundo lugar, foi observado que o câncer é a segunda doença que mais mata no Brasil, sendo que os tipos mais comuns são câncer de pelede pulmãode mamade próstata, entre outros. No ano de 2005, foram registradas 147.418 mortes em decorrência de neoplasias malignas, representando 16,7% dos óbitos totais do país. Embora fatores genéticos estejam implicados no surgimento de câncer, o estilo de vida (hábitos alimentares, sedentarismo, uso de fumo, álcool, entre outros) contribui para o desenvolvimento de câncer. Já quando a análise é feita de acordo com regiões, há uma variação, sendo que esta é a segunda causa de morte na região Sul e Sudestes, ficando em terceiro lugar nas demais regiões.
Dentre as doenças que mais matam no país, em terceiro lugar estão as doenças respiratórias*. Em 2005, foram registrados 97.397 óbitos resultantes de afecções do aparelho respiratório, o que corresponde a 11,1% do total. Com relação a regiões do país, essa tendência é a mesma, sendo que no Sudeste e no Sul o percentual foi de 11,7%, no Norte 10,9%, no Centro-Oeste 10,4% e no Nordeste 9,4%.
Embora esses dados sejam de 2005, a tendência de morte não é significativamente diferente dentre de um curto período de tempo, sendo assim, para o Ministério da Saúde, as informações condizem com a atual realidade.

*Este ano,2020, as doenças respiratórias vão matar mais que as outras causas, devido à pandemia de corona vírus. O Brasil já registra mais de 103 mil mortes por Covid-19.



Faça o caderno do aluno - páginas 39, 40 e 41 - QUALIDADE DE VIDA DAS POPULAÇÕES HUMANAS - Falando de Saúde Individual e Coletiva. Responda a apostila e mande as repostas no email professora.abud@gmail.com

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